7 de set. de 2010

Que amor é esse?

Neste último ano, tenho cultivado certo gosto por histórias de amor. Pode parecer vergonhoso para um homem, mas agora permaneço em um estado de encantamento diante de filmes e livros cujos temas envolvem o mais nobre dos sentimentos. No momento em que assisto a um desses filmes ou leio um desses livros, viajo para dentro da história e seu mundo perfeito, no qual todas as personagens vivem para realizar o desejo intenso de estar junto da pessoa amada eternamente, sem que nada os separe.
Não estou apaixonado, caro leitor, mas, nesses momentos, meu coração bate esperançoso como se fosse possível viver uma história dessas na realidade. Os autores e roteiristas da atualidade parecem se esforçar para que suas histórias fiquem mais realistas e menos “melosas”, mas o amor ainda é sublimado e exaltado em todos os enredos. Quando estou no “estado de encantamento”, dificilmente quero sair dele, pois a realidade se apresenta obscura e “distópica” quanto aos relacionamentos amorosos. Atualmente, os números de divórcios batem recordes, a violência doméstica desencadeia uma lei específica... Enfim, se antes o amor de Romeu e Julieta era pouco provável, hoje se tornou impossível. As pessoas se tornaram egocêntricas, vivem para si mesmas. O amor que, segundo seu Criador, “não busca os seus interesses” é transmutado em uma versão piorada.
Se meu leitor estiver apaixonado, não quero desencorajá-lo. Peço desculpas pelo discurso negativo. Eu, assim como você, ainda creio que viverei uma história de amor digna das páginas de um livro, mas sinto a necessidade de compartilhar o que tenho observado.
Não há dúvidas de que o amor tenha se esfriado e é difícil entender o porquê. Poderia arriscar alguns palpites, mas todos seriam baseados apenas na minha visão de mundo. O que tenho por certo é que, diante de um amor que está desfalecendo pouco a pouco, existe um outro que permanece o mesmo desde a fundação do mundo! Sim, este é o amor de Deus. Mesmo que você não creia, atente para essa história, pois, apesar de perfeita como nos filmes, ela é real:
Diante de uma criação imperfeita que insistia em errar, o Criador resolveu enviar Seu único Filho para morrer no lugar da sua criação, e assim redimir a todos para que vivessem junto Dele por toda a eternidade. Incrível, não?
Pensando bem, caro leitor, é preferível trocar um “estado de encantamento” por um “estado de alegria da salvação”, pois aquele é baseado numa fantasia e este numa verdade eterna.
Não deixarei de apreciar as histórias de amor, pois um dia as posso viver, mas sempre tendo em mente que a mais linda história de amor foi contada há mais de dois mil anos.

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